23 de janeiro de 2010

A PEQUENA IDADE DO GELO




Uma cena no gelo de Hendrick Avercamp (1585 - 1634), Países Baixos. O frio extremo do inverno de 1608 que inspirou esta cena foi típico durante o período de 1565 a 1665.

A Pequena Idade do Gelo (Little Ice Age) foi um período de arrefecimento que ocorreu na Era Moderna. Os climatologistas não estão de acordo sobre as datas de início e fim deste período. Alguns defendem que teria iniciado no século XVI e terminado na primeira metade do século XIX, enquanto que outros sugerem um período do século XIII ao século XVII. Teria sido nos anos 1650, 1770 e 1850 que ocorreram os mínimos de temperatura, cada um separado por intervalos ligeiramente mais quentes.

 Foi no século XVII, devido à Pequena Idade do Gelo, que os Vikings abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu então um terço da sua população e a Islândia metade. Na Inglaterra, o Tamisa gelou (pela primeira vez em 1607, pela última em 1814). No Inverno de 1780, a zona fluvial de Nova Iorque gelou e podia-se ir a pé da ilha de Manhattan à de Staten Island, tendo sido bloqueadas as ligações comerciais por via marítima.

Alguns investigadores acreditam que o aquecimento atual do planeta corresponde a um período de recuperação após a Pequena Idade do Gelo e que a atividade humana não é um fator decisivo para a atual tendência de aumento da temperatura global.

No entanto, esta tese é combatida pela maioria da comunidade científica e pelos ambientalistas em razão da grande proporção da elevação da temperatura nas recentes décadas após a Revolução Industrial.


Fenômenos naturais tais como variação solar combinados com vulcões provavelmente levaram a um leve efeito de aquecimento de épocas pré-industriais até 1950, mas um efeito de resfriamento a partir dessa data. 

Essas conclusões básicas foram endossadas por pelo menos 30 sociedades e comunidades científicas, incluindo todas as academias científicas nacionais dos principais países industrializados

A Associação Americana de Geologistas de Petróleo, e alguns poucos cientistas individuais não concordam em partes. Mangini publicou resultados em que o aumento da radiação solar faz parte do aquecimento global das últimas décadas.




Esta teoria ganhou fama devido às intensas discussões sobre o aquecimento global divulgado no meio científico, e de fato verifica-se assim, que ao longo dos séculos há ciclos temporários de queda de temperatura precedidas por períodos de aquecimento, e isto deve-se a prolongada atividade solar. 

Esta teoria contraria a opinião da maioria das organizações de defesa do meio-ambiente, e boa parte da comunidade científica, mas mesmo entre estes há quem a defenda e ainda afirme que a atual atividade industrial não influencia de forma determinante no clima do planeta, que ao longo dos séculos passou por períodos de aquecimento e esfriamento, colocando assim o efeito estufa como um fator secundário e não determinante para o aquecimento global.


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