2 de janeiro de 2010

BACTERIA VOLTA À VIDA APÓS 120.000 ANOS CONGELADA




Um grupo de cientistas da Universidade Estatal de Pennsylvania encontrou uma bactéria viva, sepultada a 120.000 anos a profundidade de três quilometros no gelo, numa geleira da Groelândia.
A bactéria, pertencente a uma nova espécie, à que chamaram Herminiimonas glacei é minúscula (0,043 micrómetros cúbicos, umas 50 vezes mais pequena do que a nossa conhecida bactéria intestinal Escherichia coli), tecnicamente é uma ultra-micro-bactéria, e o seu tamanho, junto com a sua capacidade de viver em ambientes com muito pouco oxigênio, a sua alta resistência ao frio, e a sua capacidade de diminuir notavelmente o seu metabolismo quando há poucos nutrientes, permitiram-lhe sobreviver com todas as suas funções vitais reduzidas ao mínimo e processando-se terrivelmente devagar.


Os investigadores acham que a bactéria se reproduzia num ciclo de centenas ou milhares de anos, mas, depois de ser mantida nos primeiros seis meses a 2 graus e depois mais de 4 meses a 5 graus, começou a reproduzir-se mais rapidamente, formando colônias. E, aumentando a temperatura até os 18 graus, a bactéria sobreviveu e manteve a sua atividade, o que indica que pode viver em ambientes bem diferentes daquele em que a encontraram.


Este descobrimento ganha maior importância quando temos em conta que as condições nas quais vivia são relativamente semelhantes às que podem ser encontradas nos pólos de Marte, ou no oceano congelado de Europa (satélite de Júpiter), fazendo com que as especulações sobre encontrar vida fora da Terra ganhem um novo argumento.


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