Austrália e Nova Zelândia unem esforços em
investigação científica inofensiva
A Baleia-anã é uma das três espécies a ser estudada
Três espécies de baleias das águas da Antárctida vão ser estudadas com métodos científicos não letais. Cientistas neozelandeses e australianos unem esforços numa tentativa de desafiar o programa japonês de caça aos cetáceos e provar a Tóquio que não precisa de matar baleias para as estudar.
É já no inicio do próximo mês que 18 investigadores embarcam no "Tangaroa" rumo à Antárctida para estudar, durante seis semanas, as populações de baleias-anãs, baleias-de-bossa e baleias-azuis. O objectivo central do estudo é tentar perceber como é que estas espécies estão a enfrentar os efeitos das alterações climáticas, noticia a BBC online.
Nick Gales, da Australian Antarctic Division e responsável por esta expedição, garante que “toda a informação relevante para a conservação e gestão das baleias pode ser recolhida com métodos não letais novos e muito eficazes”.
Vão ser tiradas muitas fotografias e usados instrumentos acústicos para registar os sons emitidos pelos cetáceos. Além disto, serão utilizadas espingardas de ar comprimido com setas para recolher amostras de gordura e de pele e ainda transmissores que permitem seguir os animais por satélite.
Da exploração à protecção
A frota japonesa partiu em Novembro para mais uma época de caça à baleia nas águas da Antárctida, sendo que a meta para 2009/2010 é caçar 850 baleias-anãs e 50 baleias-comuns.
Apesar da moratória à caça comercial da baleia, Tóquio continua a matar baleias alegando fins científicos, uma excepção prevista pela CBI. Contudo, vários países acusam o Japão de estar apenas a encobrir a venda e consumo de carne de baleia.
A expedição que segue no próximo mês para a Antárctida “vai demonstrar ao mundo que não precisamos de matar baleias para as estudar e compreender”,
comentou em Junho Peter Garrett, ministro australiano do Ambiente, aquando do lançamento da campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário